A Origem |
Orientação é um esporte muito divertido, emocionante e que pode ser praticado por pessoas de todas as idades. Apesar de não ser muito conhecido, o esporte possui um campeonato mundial, e durante os dias 3 a 9 de novembro deste ano foi realizado um Campeonato Nacional disputado em Fortaleza. Confira mais sobre como é o esporte e sobre um pouco da sua história no PetNews deste mês. |
Orientação é um esporte cujo objetivo é percorrer uma determinada distância em terreno variado e desconhecido, em que o atleta tem que passar obrigatoriamente por determinados pontos no terreno (postos de controle) descritos em um mapa, dado a cada concorrente. O atleta pode utilizar apenas o mapa e uma bússola para se orientar. O tempo gasto para percorrer o trajeto são função da capacidade física dos participantes, do treinamento de leitura do mapa e da rapidez em se orientar utilizando técnicas que são adquiridas com a experiência, além da capacidade de adaptação ao terreno e da escolha correta dos itinerários. Podem ser diversos os percursos e as características do terreno, como por exemplo: terrenos com areia, florestas mais ou menos densas, relevos acidentados, etc. O esporte pode ser praticado a pé, de bicicleta, ou até mesmo com esquis, dependendo da modalidade em que o atleta decide participar. Você pode participar em equipe (dois ou mais correndo juntos), individualmente, ou em revezamento (dois ou mais competidores de uma equipe participando sucessivamente). Os atletas de orientação, assim como os demais atletas de corrida, são classificados pelo percurso em que competem, e, além disso, pela idade e pelo sexo.Um atleta identificado como H 21 B L, por exemplo, significa que este é um homem (“H”), tem 21 anos, em um trajeto difícil (com muitos obstáculos) (“B”), cujo percurso é longo (“L”). O esporte surgiu em 1918 na Suécia. Existe uma história que relata que um dia um corredor, que era matemático, pensava que o tempo gasto para praticar uma atividade física era um tempo perdido para a mente. Assim, resolveu começar a solucionar problemas de matemática enquanto corria. Este corredor podia ser considerado o “pai das corridas de Orientação”. A vontade de ocupar a mente enquanto se realiza atividades físicas talvez tenha sido responsável pela grande aceitação deste esporte, que alia a atividade física com uma atividade mental intensa. Porém, quem realmente é considerado o “pai da Orientação” é o sueco, Major Killander. Em 1918, ele observou que estava diminuindo o número de concorrentes em corridas realizadas no campo. Assim, decidiu utilizar a natureza para motivar a participação nessas competições. Em 1922, o primeiro campeonato Distrital na Suécia havia sido realizado, e em 1937, o primeiro campeonato nacional. Como o esporte era muito útil para a mente e para o bem estar físico, esta atividade passou a ser introduzida nos currículos escolares da Suécia em 1942. Ainda hoje, a Orientação é um dos esportes mais praticados na Suécia e nos demais países nórdicos. |
HISTÓRICO DA ORIENTAÇÃO BRASILEIRA
Compilado por: Antonio Dmeterko
Em 1949 Alfredo Colombo, Diretor da Divisão de Esportes do Ministério da Educação e Saúde, atualmente Ministério da Educação e Cultura, MEC, foi à Suécia com um grupo de brasileiros por ocasião da realização das Lingíadas, tradicional evento esportivo sueco. Lá, presenciou uma competição de orientação. No retorno ao Brasil orientou um assessor a produzir uma apostila sobre o esporte Orientação. Em 1956 foi realizado na Gávea, Rio de Janeiro-RJ, pela Escola de Educação Física do Exército, o 1º percurso de “Cross Country Orientado” no Brasil. É a primeira competição que se tem notícia que podemos denominar de orientação, pois foi realizada em mapa com pontos de controle, rota livre, individual, porém com obrigatoriedade de seguir a sequência dos pontos, usando bússola e cartão de controle. Este evento contou com o apoio da Divisão de Educação Física-DEF do Ministério de Educação e Cultura-MEC.
Em 1970 o Brasil enviou, oficialmente, três representantes das Forças Singulares até a cidade de Alborg-Dinamarca, como observadores do IV Campeonato Mundial Militar de Orientação do CISM (Conselho Internacional do Esporte Militar), realizado entre 06 e 11 de setembro. A então Comissão Desportiva das Forças Armadas – CDFA, hoje denominada Comissão Desportiva Militar do Brasil – CDMB, designou os seguintes militares para esta missão: Cel Inf ROBSON de Alves Pessoa (Vice-PresidenteExecutivo da Comissão de Desportos do Exército – CDE); Capitão-deCorveta Vicente Paulo Cid JACOBINA da Fonseca Vasconcellos (Imediato do Centro de Esportes da Marinha, hoje CDM); Maj Av. NERI do Nascimento (Vice-Presidente da Comissão de Desportos da Aeronáutica – CDA). A CDA enviou, não oficialmente, acompanhando o grupo, o Maj NERI e o então Cap Av Walmiky CONDE Filho, os quais assistiram a todas as competições do aludido campeonato. Ao retornar ao Brasil, o Cel Robson, mais graduado da delegação brasileira, elaborou um relatório para a então CDFA, onde abordou diversos aspectos da orientação, ainda de forma 2 rudimentar. Neste documento ele sugere que seja cancelado o Campeonato Brasileiro Militar previsto para aquele ano, em vista a exiguidade de tempo para sua organização, lançando a ideia de que cada Força Singular (Exército, Marinha e Aeronáutica) realizassem no ano seguinte (1971) um campeonato distinto.
Em 1971 o Brasil participa pela primeira vez de um Campeonato Mundial Militar de Orientação. Foi no V Campeonato Mundial do CISM, realizado em Oslo-Noruega, no período de 23 a 27 de agosto. O Brasil obteve a 9ª colocação entre 11 concorrentes. Para formar essa equipe representativa brasileira, o Exército organizou, nesse mesmo ano, em 26 de junho, na Serra do Mendanha, junto ao quartel dos Fuzileiros Navais, na Avenida Brasil – Rio de Janeiro, a primeira prova de Orientação no Brasil. Esta prova foi denominada COMPETIÇÃO ABERTA DE ORIENTAÇÃO, e aconteceu em uma carta topográfica na escala de 1:25.000, com equidistância das curvas de nível de 20 metros. O então Cap Eng TOLENTINO PAZ DA SILVA, à época chefe da Equipe de Pentatlo Militar, do então I Exército (hoje Comando Militar do Leste), considerado o pioneiro da orientação brasileira e, por isso, denominado o “Pai da Orientação do Brasil”, foi escolhido pelo Cel Robson (CDE), como o encarregado de selecionar e treinar a primeira equipe brasileira, bem como de montar essa primeira competição de orientação, já nos moldes da orientação como a conhecemos hoje.
Os três primeiros colocados dessa prova brasileira foram os 1º Ten Inf Mário MIQUELINO Cunha Filho, 2º Sgt Inf ERNESTO Castro e Asp Of Inf Roberto DIAS TORRES, respectivamente. O Ten Miquelino venceu a prova com o tempo de 4 horas, 07 minutos e 05 segundos. A equipe selecionada para representar o Brasil na Noruega, foi formada pelos seguintes militares: Chefe da Delgação – Gen GENTIL Marcondes Filho (Exército), Chefe de Equipe – Cap TOLENTINO Paz da Silva (Exército), Atletas: Asp Of Roberto DIAS TORRES (Exército), Asp Of Raimundo ELIAS Alves Nunes (Exército), 1º Sgt Celso ALUISIO de Barros (Exército), 2º Sgt ARLINDO José da Silva (Exército), 3º Sgt Vitorino CALVI (Aeronáutica) Participaram dessa equipe, ainda, como acompanhantes. Os Cap Walmiky CONDE Filho, da Aeronáutica e Cap Milton Theodoro da SILVA FILHO, do Exército.
Em 1972 a CDFA organizou em 20 e 21 de junho, na região de Marapicu/Santa Cruz/Rio de Janeiro (então Estado da Guanabara), o I Campeonato Brasileiro de Orientação das Forças Armadas. Nesta prova, o 1º Percurso, com 13 Km de distância, denominado “Cemitério Chavascal” e o 2º Percurso, com 7 Km de distância, denominado “Volta ao Mundo”, foi 3 utilizado um mapa na escala 1:25:000, com equidistância das curvas de nível de 20 metros. O levantamento topográfico era de 1963. Em cada ponto de controle havia, além do prisma de identificação do PC e do picotador, uma papeleta de controle, a qual tinha que ser assinada por todos os atletas por ocasião de suas passagens pelos mesmos. Este fato gerou diversas desclassificações de atletas e a consequente interposição de vários recursos contra a organização do evento. O então 2º Ten Roberto Dias TORRES, da CDE, foi o encarregado da “montagem” dos percursos dessa primeira competição oficial nacional militar no Brasil, aproveitando sua experiência adquirida como atleta no Campeonato Mundial do ano anterior. Essa competição foi vencida pelo Exército, tendo como campeão individual geral o então 3º Sargento Newton CAPISTRANO da Silva, com o tempo de 4h 03m 38s (na soma dos dois percursos). Nesse mesmo ano (1972) a Comissão de Desportos do Exército – CDE, organizou um estágio de orientação para representantes da Força de todo o Brasil. O Brasil volta a participar do Campeonato Mundial Militar do CISM, que naquele ano aconteceu em Estocolmo, Suécia, no período de 14 a 19 de agosto. O Brasil, mesmo treinando por quase um mês na Suécia, consegue apenas o 10º lugar, entre 13 participantes.
Em 1973 a CDFA organizou o II Campeonato Brasileiro de Orientação das Forças Armadas, em Brasília-DF, em mapa 1:25.000 e equidistância das curvas de nível de 20 metros. A prova ocorreu no período de 14 a 19 de março, na região da Barragem do Lago Paranoá (Ermida Dom Bosco) e Parque do A. Rego (Água Mineral). A força vencedora foi novamente o Exército, tendo como campeão individual geral o então 3º Sargento Leonaldo MELCHIOR, do Exército, com o tempo final (soma dos dois percursos) de 2h 40m 58s. Em fins deste ano, oficiais suecos estiveram no Brasil ministrando estágio técnico de orientação, com vistas a preparar pessoal especializado para confecção de mapas e organização de competições de orientação dentro dos padrões internacionais. Um dos oficiais participantes deste estágio foi o então 1º Ten Modesto JURASZEK, do então Estado-Maior das Forças Armadas. O Ten Juraszek colaborou com o Serviço Geográfico do Exército para confecção dos mapas de orientação do Campeonato Brasileiro de Orientação das Forças Armadas de 1974.
Em 1974 a CDFA realiza o III Campeonato de Orientação das Forças Armadas, também em Brasília-DF, no Parque Nacional, no período de 27 a 29 de agosto, tendo como responsável pela montagem dos percursos o então Cap Carlos Augusto de ALMEIDA e SILVA, da Escola de Educação Física do Exército – EsEFEx, que nesse mesmo ano já havia montado o I Campeonato de Orientação do Exército – I CAMOREX, evento 4 ocorrido em Brasília, fazendo parte da Olimpíada do Exército Brasileiro. Esse evento representa um dos divisores d’água da orientação brasileira, pois nele, pela primeira vez no Brasil, competiu-se com cartas de orientação, confeccionadas especialmente para esse fim pelo Serviço Geográfico do Exército, as quais seguiam padrões internacionais do esporte, elevando, assim, o nível técnico das competições de Orientação no Brasil. Este mapa foi confeccionado na escala de 1:20.000, com trabalhos iniciais sendo feitos por uma equipe de topógrafos suecos, sendo os mesmos complementados por uma equipe chefiada pelo Ten Modesto Juraszek, do EMFA. Nesse mesmo ano, a matéria “Orientação” foi incluída no currículo da Escola de Educação Física do Exército – EsEFEx, a qual lança a primeira publicação técnica sobre o desporto orientação no Brasil, o Manual do Exército, que anualmente é revisado pelos instrutores e monitores daquela Escola.
Em 1977 a CDE realizou o 2º CAMOREx, evento ocorrido em Ponta Grossa-PR (Região de Alagados e a então Granja da 2ª Divisão de Levantamento – 2ª DL), em fins de maio e começo de junho. Esta foi a primeira prova feita no Brasil seguindo os moldes do CISM, ou seja: Um percurso treino, dois percursos individuais e uma prova de revezamento.
Em 1978 foi realizado em Resende-RJ o Campeonato Mundial de Pentatlo Aeronáutico (PAIM) do CISM, onde foi montado oficialmente o primeiro percurso internacional de orientação no Brasil. O mapa desse evento foi reambulado por especialistas europeus. É de se observar que neste mesmo ano de 1978, no período de 16 a 21 de janeiro, a CDFA organizou uma competição internacional de orientação no Rio de Janeiro (Vila Militar) e Resende (Campo de Instrução), para um grupo de civis e militares suecos, num total de 60 atletas entre homens e mulheres. Esse grupo estava finalizando uma viagem por diversos países e veio ao Brasil proveniente do Chile.
Em 1982 o Brasil envia, em julho, o então Ten Cel Hélio BORGES Sobrinho, da Diretoria de Serviço Geográfico – DSG, para a Suíça, a fim de participar de uma Clínica de Mapeadores, visando a confecção do mapa para o Campeonato Mundial Militar que aconteceria no ano seguinte no Brasil. Nesse mesmo ano, em 11 de outubro, chega ao Brasil o então Cap ILPO LAIHO, da Finlândia, designado pelo CISM como o Árbitro do Campeonato Mundial Militar que iria acontecer no ano seguinte em Curitiba-PR. Após os trabalhos de Curitiba, o Cap Ilpo Laiho, seguiu para Porto Alegre-RS, onde juntamente com o Ten Cel Borges, que acabara de participar da Clínica para Mapeadores ocorrida na Suíça, e outros oficiais com experiência na área, organizam um Estágio para Mapeadores, que 5 ocorreu entre os dias 13 a 20 de outubro. Esse Estágio destinava-se aos Sargentos da 1ª Divisão de Levantamento – 1ª DL, tudo visando o Campeonato Mundial Militar do CISM do ano seguinte.
Em 1983 é organizado em Curitiba-Pr, no período de 26 de setembro a 03 de outubro, o XVII Campeonato Mundial Militar de Orientação do CISM. Foi o primeiro evento internacional exclusivo de orientação ocorrido no Brasil. Trabalharam nesse evento o então Cap HEINZ TSCHUDIN, da Suíça e o Cap ILPO LAIHO, da Finlândia. Com o objetivo de melhor qualificar o pessoal que iria trabalhar no referido Campeonato Mundial, foi organizado um Estágio Internacional de Orientação em Curitiba, no período de 21 a 24 de fevereiro. Paralelamente ao Campeonato Mundial e utilizando a estrutura do mesmo, a CDMB, com apoio do CISM, organizou o III Estágio Técnico Internacional de Orientação, no período de 20 de setembro a 03 de outubro. Esse estágio tinha por finalidade desenvolver e difundir a orientação nos países sul-americanos e atualizar as Forças Armadas Brasileiras nas novas técnicas de confecção de mapas, nas normas gerais de procedimentos e uniformidade de atitudes, de interpretações e conduta. Participaram desse estágio, além dos militares da América do Sul, professores civis que tiveram o primeiro contato com o esporte, entre eles o professor Leduc Fauth, indicado pelo Departamento de Educação Física, Esportes e Recreação do Distrito Federal – DEFER, o qual virá a desempenhar importante papel na difusão da orientação fora dos quartéis.
Em 1984, com o impulso do Campeonato Mundial Militar do ano anterior e com a propagação de conhecimentos sobre o esporte orientação proporcionado pelas diversas clínicas e estágios corridos no Brasil, surgem diversas competições por várias partes do nosso país. Entre elas; a competição de Orientação na Semana do Soldado na Guarnição de Porto Alegre-RS, no Parque Saint-Hilaire, numa iniciativa da Diretoria de Serviço Geográfico do Exército – DSG e 1ª Divisão de Levantamento – 1ª DL, a introdução da Orientação na Olimpíada da Escola de Especialista da Aeronáutica – EEAer, em Guaratinguetá-SP, em abril, onde o aluno João Manoel FRANCO, com apenas 16 anos de idade, sagrou-se campeão individual daquela prova. Futuramente, FRANCO tornar-se-ia um dos maiores orientistas do Brasil, com participação em diversas equipes militares e em atividade até os dias atuais.
Em 1986, no dia 6 de julho, foi organizado o I Campeonato Metropolitano de Orientação de Curitiba, no Parque Barigüi, evento promovido pelo Departamento de Esporte e Recreação da Prefeitura 6 Municipal de Curitiba, com apoio de organizações militares da guarnição daquela cidade, o que é considerado o primeiro evento oficial de orientação civil do Brasil. Participaram desse evento 115 atletas civis e militares. Nesse mesmo ano, o professor Leduc Fauth, ex-militar do Exército e possuidor do Curso de Educação Física do Exército e tendo participado do III Estágio Internacional de Orientação que ocorrera paralelamente ao Campeonato Mundial Militar de Orientação, em Curitiba, no ano de 1983, inicia, juntamente com o sueco Göran Ölund, a difusão do esporte orientação fora dos quartéis. Ele considerava o esporte orientação muito bom para ficar restrito apenas aos militares e, assim, realizou estágios de orientação por diversas cidades do Brasil com a participação de militares e professores de Educação Física civis, no que resultou a criação de alguns dos primeiros clubes de orientação do Brasil. Esse ano pode ser considerado como mais um dos divisores d’água da orientação brasileira, tendo o esporte saído dos quartéis e se iniciado no meio civil. Surgem, de fato, os Clubes de Orientação Coronel Jorge Teixeira, no Colégio Militar de Manaus, o Clube de Corredores de Orientação de Brasília e a Associação Floresta de Corrida de Orientação do Rio de Janeiro, tendo esta última organizado, no mesmo ano, o I Campeonato Carioca de Orientação.
Em 1987 surge, de fato, o Clube de Orientação Floresta, no Rio de Janeiro, fundado em 20 de abril. Novamente o professor Leduc Fauth, agora acompanhado do sueco Ulf Levin, realiza novos estágios técnicos de orientação por várias cidades do Brasil. No dia 23 de agosto deste ano, foi realizado em Santa Maria-RS, um campeonato de orientação para estudantes do 1º e 2º graus, o qual foi precedido de estágio para alunos e professores. O evento foi organizado pelo Regimento Mallet, em carta 1:25.000, no campo de Instrução de Santa Maria. No Rio de Janeiro, no mês de agosto, portadores de dificuldades especiais (surdos-mudos) realizam um percurso de orientação no Centro de Educação Física Almirante Alexandrino Nunes – CEFAN, da Marinha do Brasil. Nesse ano sagra-se campeão brasileiro das Forças Armadas, o Sargento da Aeronáutica João Manoel FRANCO, com 20 anos de idade, sendo até hoje o mais jovem campeão brasileiro das Forças Armadas.
Em 1988 o oficial da Marinha do Brasil José Ferreira de BARROS, introduz o esporte orientação na Universidade Federal do Rio de Janeiro – Ilha do Fundão, ensinando informalmente o esporte orientação aos alunos do curso de Educação Física e aos professores.
Em 1989 foi criado de “fato”, no dia 27 de agosto, no Rio de Janeiro, o Clube de Orientação Calção Preto, que tinha como objetivo facilitar a participação de militares da EsEFEx e seus familiares no esporte orientação. Nesse mesmo ano, nos dias 25 e 26 de novembro, foi realizado o I Encontro Brasileiro de Orientadores, na Escola de Educação Física do Exército, no Rio de Janeiro, com a finalidade de legalizar clubes, criar condições para o surgimento de federações estaduais e da Confederação Brasileira de Orientação – CBO, assim como a filiação junto a IOF, além de buscar o incremento, a difusão e a padronização das competições em âmbito nacional. O então Cap Ex SERGIO GONÇALVES BRITO foi à Suécia participar da famosa competição O-ringen. No seu retorno, lança uma apostila denominada “Caça ao Tesouro”, para auxiliar no ensino básico da modalidade orientação. O Sgt Machado, do Exército, cartógrafo da 5ª Divisão de Levantamento – 5ª DL, auxiliado pelo Sgt Franco, da Aeronáutica, confeccionaram o 1º mapa de orientação da Floresta da Tijuca, pelo sistema tradicional. Esse mapa foi usado nos anos 90 a 92 para organização de competições civis. Em dezembro foi realizado um percurso de orientação de “Handicap – O”, numa iniciativa da EsEFEx e Associação Nacional de Desportos para Deficientes – ANDE. O evento aconteceu na Fortaleza de São João, no Rio de Janeiro-RJ.
Em 1990 a apostila “Caça ao Tesouro”, do então Cap SERGIO GONÇALVES BRITO foi traduzida e publicada em forma de livreto na Espanha, Chile, Uruguai, Argentina, Paraguai, Austrália e Portugal.
Em 1991 o professor José Maria Pereira e Silva e Paulo Roberto Campos de Figueiredo, incentivados pelos ensinamentos e competições promovidas no âmbito da Universidade Federal do Rio de Janeiro por José Ferreira de Barros, iniciam o processo de implantação do Desporto Orientação no currículo da Escola de Educação Física e Desportos daquela Universidade. Nesse mesmo ano o Brasil obtém através do então Sgt Hélio Machado, do Exército, a 1ª medalha em um campeonato mundial do CISM, ocorrido na Suécia, em Boräs. Também nesse ano foi fundado em Porto Alegre-RS, o Orienteer – Clube de Orientação, que foi registrado no ano seguinte (1992), tornando-se assim, o 1º Clube de Orientação do Brasil com existência de “fato” e de “direito”. Ainda em 1991, o Sgt Franco, já campeão brasileiro das Forças Armadas, participa de um Simpósio de Mapeadores da IOF realizado junto com o Campeonato Mundial, em Marianske Lasne, na então República da Tchecoslováquia, onde conhece o programa OCAD em sua versão 4.0 e seu idealizador, tendo trazido o mesmo para o Brasil e feito os primeiros mapas com essa versão, ainda sem licença.8 Nesse ano o Clube de Corredores de Orientação de Brasília, sob a coordenação do Professor Leduc Fauth, com patrocínio do Banco de Brasília – BRB e apoio do DEFER e da Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal, monta a 1ª Pista Fixa de Orientação do Brasil. Foram colocadas 150 placas fixas de 0,80x0,80cm como pontos de controle – PC, no então Parque Piton de Farias, hoje Parque da Cidade. A referida pista permanente foi utilizada por vários anos por equipes de orientação para fins de treinamento, especialmente para buscar ritmo de competição. No dia 3 de julho, é fundado em Santa Maria-RS o Clube de Orientação de Santa Maria – COSM, com existência de “fato”, tornando-se uma referência no Estado do Rio Grande do Sul e um dos principais apoiadores do processo de criação de novas entidades de orientação naquele Estado.
Em 1992 foi realizado no Brasil, na cidade de Brasília, o XXVI Campeonato Mundial Militar de Orientação do CISM, tendo a equipe brasileira obtido a 6ª colocação, ultrapassando adversários com tradição na orientação, marco este não superado até nossos dias. Presentes nesse evento Hans Tchudin, então Presidente da IOF e Peo Bengstson, o “Missionário da Orientação Mundial”, o que resultou no posterior envio de Higino Esteves, Presidente da Federação Portuguesa de Orientação e membro permanente da IOF, para apoiar na organização da CBO. Vieram ao Brasil, ainda, alguns suecos como Arto Rautiainen, campeão mundial militar de 1988, para ajudar na confecção de cartas de orientação. Ainda nesse ano, no período de 31 de julho a 8 de agosto, a convite da Confederação Desportiva de La Defensa Nacional, órgão desportivo militar do Chile, o Brasil enviou dois militares àquele país amigo com a missão de realizarem uma Clínica de Orientação para civis e militares. Foram designados para essa missão o então Cap SERGIO Gonçalves BRITO e o então CT José Ferreira de BARROS. Nesse ano foi concretizada a inclusão do desporto orientação no currículo da Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O Orienteer – Clube de Orientação da cidade de Porto Alegre organizou a I Competição Civil de Orientação de Porto Alegre, com ampla divulgação nos meios de comunicação, especialmente a televisiva.
Em 1993, no dia 29 de janeiro, é publicado no Diário Oficial nº 19, do Rio de Janeiro, o registro da Associação Floresta de Corrida de Orientação, que passou a ser a 2ª entidade brasileira de orientação a existir de “fato” e de “direito”. Nesse ano, em setembro, o Sgt FRANCO, auxiliado pelo então Sgt AMBROSIO Gonçalves de Souza, foi designado para confeccionar um mapa de orientação de uma área no Complexo Naval da Ilha do 9 Governador (Divisão Anfíbia), usando o programa OCAD, em sua versão 4.0, o qual foi finalizado em fevereiro de 1994, sendo o primeiro mapa feito por esse programa no Brasil, que se tem notícia.
Em 1994 o então Cap SERGIO Gonçalves BRITO adquire o 1º software para confecção de cartas de orientação, em sua versão 5.0 (Licença 1539). O Cap SERGIO BRITO foi seguido pelo motivado Sgt AMBROSIO que adquiriu a 2ª Licença OCAD (1.763) para o Brasil, agora na versão 5.03. Começou-se uma nova fase na orientação brasileira, pois a aquisição desses programas permitiu outro salto de qualidade das competições, uma vez que a partir daí, começaram a surgir inúmeros mapeadores que ofereciam seus trabalhos inéditos para realização de eventos. Nesse mesmo ano, a World Wide Orienteering Promotion – WWOP enviou ao Brasil o sueco Arto Rautiainem, que ministrou um curso de mapeador no Rio de Janeiro, enquanto concluía a carta de orientação da Fortaleza de São João, com apoio da EsEFEx e 5ª DL. Arto ainda colaborou na confecção do mapa de orientação da FEPAGRO – Boca do Monte, em Santa Maria-RS. Este mapa foi usado em 1995 para a realização do I Campeonato Sul Americano de Orientação. Ainda em 1994, realizou-se, na cidade de Ijuí-RS, no dia 10 de abril, o I Enduro Ciclístico de Orientação, considerada a prova precursora de Mountain Bike Orienteering no Brasil. Essa competição contou com o apoio do 27º Grupo de Artilharia de Campanha – 27º GAC. Aconteceu nesse ano, no mês de maço, a 1ª Prova de Orientação de Ouro Preto-MG, a City Orienteering. No norte do Brasil, o professor de educação física e ex-militar do exército, Kleist Praia Mendonça, ensina informalmente para alunos e professores da Universidade do Amazonas o esporte orientação, montando as primeiras provas em Manaus.
Em 1995 é realizado em Santa Maria-RS, o I Campeonato SulAmericano de Orientação, com a participação de mais de 400 atletas civis e militares, de ambos os sexos, vindos da Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai, além dos brasileiros. A categoria “Elite” desse campeonato foi vencida pelos brasileiros Newton Venâncio e Carla Maria Clausi. Ainda em 1995 e com apoio do WWOP um grupo de brasileiros viaja para Suécia (Onestad) onde participa de uma Clínica de Orientação patrocinada pelo IOF (International Orienteering Federation) e dos “5- Oringen” trazendo, ainda, mais uma cópia do programa OCAD 4 que foi amplamente utilizado na confecção de mapas, especialmente no Rio Grande do Sul. Esse grupo foi composto por César Valmor Cordeiro (Orienteer), José Otávio Franco Dornelles e José Arno Giriboni Da Silva (COSM), Jean Carlo Finckler (Tramontana) e Paulo Nogueira (RBS/TV). Neste 10 mesmo ano, foram fundados os três primeiros clubes do Paraná; Clube de Orientação de Curitiba (COC), Clube de Orientação de Ponta Grossa (COP) e Clube de Orientação Lobo Bravo (COLB).
Em 1996, no dia 13 de janeiro, foi fundada, na cidade de Caxias do Sul-RS, a Federação Gaúcha de Orientação – FGO, com sede na cidade de Santa Maria-RS, sendo a primeira entidade estadual do desporto orientação no Brasil. Foram eleitos o Sr. José Otávio Franco Dornelles como Presidente e o Sr. César Valmor Cordeiro como Vice-presidente. O Orienteer, o COSM, o RVCO e o Tramontana foram as entidades fundadoras da FGO. Em 15 de dezembro desse ano, realizou-se em São José dos Campos, estado de São Paulo, o I Troféu Brasil de Orientação - TBOr, que se tornou o precursor e antecessor dos 5 Dias de Orientação do Brasil. Esta competição culminou com uma ampla reunião, com a presença de inúmeras personalidades do esporte, onde foram definidos os primeiros passos para a criação da CBO - Confederação Brasileira de Orientação, além de um calendário para os eventos estaduais, nacionais e sulamericanos. O mapa de orientação da Floresta da Tijuca, feita com o OCAD 4.0 em 1994, é reambulada pelo mapeador sueco Roger Glännefors, com a versão OCAD 5.0. Essa reambulação se deu durante uma clínica técnica de mapeamento, que culminou com uma competição denominada “Cel Calasans”, numa homenagem pelos feitos desse oficial do Exército Brasileiro em prol do esporte orientação no Brasil. Ainda nesse ano, aconteceu em Montevidéu-Uruguai, a I Clínica Técnica de Orientação e a confecção da primeira carta de orientação daquele país, a qual foi usada no I Campeonato Uruguaio de Orientação. O responsável pela Clínica e pela confecção do mapa foi o então Cap Sérgio Brito. Também nesse ano acontece o I Campeonato Paulista de Orientação – CamPOr.
Em 1997 a CDMB realizou o XXI Campeonato Brasileiro de Orientação das Forças Armadas – CAMORFA, em Brasília, no período de 2 a 8 de novembro, onde pela primeira vez foi usado um mapa feito no programa OCAD para esta competição. Paralelamente a esse evento, foi organizada um Clínica Sul-americana de Orientação, com a participação de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela, além de civis e militares brasileiros. O então Maj SÉRGIO BRITO, instrutor da Escola de Educação Física do Exército foi o instrutor da referida Clínica. Ainda nesse ano de 1997, a IOF enviou o Sr. Higino Esteves, então presidente da Federação Portuguesa de Orientação e membro permanente daquele organismo internacional, para realizar uma Clínica Internacional de 11 Orientação em Curitiba-Pr, com a participação maciça de brasileiros de todos os quadrantes do país. Em 1997 é realizado o I Circuito Mineiro de Orientação, com três etapas que aconteceram em Juiz de Fora, Belo Horizonte e São João Del Rei. Também nesse ano de 1997, no dia 26 de dezembro, passa a existir de “direito” o Clube de Orientação Calção Preto, conforme Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro de 16 de janeiro de 1998. O referido Clube já tinha existência de “fato” desde o dia 27 de agosto de 1989.
Em 1998 é criada, em Brasília, no dia 08 de abril, a Associação Floresta de Orientação – AFO-DF, que legou da AFO-RJ os encargos de representar a orientação brasileira junto a IOF. A AFO-DF desempenhou esse papel até a fundação da CBO, sendo o Sr. Antonio Dmeterko o 1º Presidente. Nesse mesmo ano, o Brasil se faz representar pela primeira vez num Congresso da IOF, o XIX Congresso Internacional da entidade, ocorrido em julho, na cidade de Cintra-Portugal. O então presidente da AFO-DF, Sr. Antonio Dmeterko, representou o Brasil nesse evento. O Sr. José Otávio Franco Dornelles também participou, convidado pela organização do evento, uma vez que já havia planejamento adiantado para a criação da CBO, com o apoio e orientações do Sr. Higino Esteves, então presidente da Federação Portuguesa de Orientação. Foi nesse Congresso que o Brasil foi aceito como membro do grupo de países latinos, formado até então por Portugal, Espanha, Itália, França, Bélgica e Romênia. Essa aceitação só ocorreu graças às intensas negociações durante o evento e, principalmente, às incisivas colocações do Sr. Higino Esteves em apoio ao Brasil. Fundada, em 15 de abril, a Federação de Orientação do Rio de Janeiro – FORJ, conforme Diário Oficial do Rio de Janeiro de 1 de setembro, tendo como primeiro presidente o Sr. Bruno Lício Marques. Fundada, em 30 de maio, a Federação Paranaense de Orientação – FPO, tendo como primeiro presidente o Sr. Walter Chiarato. Fundada, em 25 de novembro, a Federação de Orientação do Distrito Federal – FO-DF, tendo como primeiro presidente o Sr. Tolentino Paz da Silva. É realizada, nesse ano, a I Taça Mercosul de Orientação, evento organizado em Santa Tereza, no Uruguai, pelo adido militar do Brasil naquele país, o então Cel José Calasans de Carvalho, auxiliado pelo seu secretário, o então ST Antonio Tadeu Teixeira de Farias. Em junho desse ano de 1998, foi organizado o I Campeonato Brasileiro Universitário de Orientação, em Santa Maria, RS. A Prova contou com a participação de 125 acadêmicos de diversas universidades e faculdades como: AFA, AMAN, Escola Naval, FABRA, FNSP, FRASCE, PUC, UFJF, UFMS, UFPEL, UFRJ, UFRGS, UFSC de São Miguel do Oeste, UFSC de Florianópolis, ULBRA, UNIJUÍ, UNISC, URI E URCAMP. O referido campeonato foi vencido pela UFRJ. O Brasil participa, nesse ano, pela primeira vez, na 12 Copa dos Países Latinos, 4ª edição desse evento, ocorrido no período de 24 a 27 de setembro, na cidade de Évora-Portugal, com 6 atletas, técnico e delegado.
Em 1999, no dia 11 de janeiro, na cidade de Guarapuava-PR, com a presença de Higino Esteves, membro do conselho da IOF, foi fundada a Confederação Brasileira de Orientação – CBO, em Assembleia Geral presidida pelo Sr. César Valmor Cordeiro, então presidente da FGO, sendo eleito como primeiro presidente o Sr. José Otavio Franco Dornelles, a qual passou a administrar o desporto Orientação no Brasil. Nesse mesmo ano, e novamente em Guarapuava-Pr, acontece a primeira participação de uma mulher num evento militar de orientação. Ocorreu no XXIII CAMORFA, onde a então 2º Tenente CARLA Maria Clausi, do Exército, participa, como avulsa, naquela prova. Este fato levou a CDMB a introduzir a orientação feminina oficialmente no calendário das Forças Armadas, a partir do ano seguinte. A Ten Carla recebeu o Diploma de Honra ao Mérito pelo pioneirismo de seu feito. Ainda em 1999, no período de 24 a 26 de abril, foi organizada a 1ª etapa do I Campeonato Brasileiro de Orientação – I CamBOr, em Faxinal do Céu-Pr, pelo Clube de Orientação Lobo Bravo – COLB, com o forte apoio do 26º Grupo de Artilharia de Campanha, da cidade de Guarapuava-Pr. Também em 1999, o Brasil foi aceito como Membro de Plenos Direitos junto à IOF, em reunião do Conselho da entidade, acontecida no período de 2 a 7 de agosto, na cidade de Inverness, na Escócia. No período de 9 e 10 de outubro desse ano, o Brasil participou com 7 atletas na V Copa dos Países Latinos, ocorrida em Santiago de Compostela, na Espanha. No dia 15 de novembro, é criada a Associação Nordeste do Brasil de Orientação – ANEBO, por atletas dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte, tendo sido realizado o I Circuito Cearense de Orientação, com três etapas nas cidades de Fortaleza, Maranguape e Caucaia.
Em 2000, no dia 20 de dezembro, o Comitê Olímpico Brasileiro, em Assembleia Geral, concedeu a vinculação da CBO àquele órgão máximo do esporte brasileiro. Nesse mesmo ano, no período de 23 a 28 de janeiro, aconteceu em São João Del’Rei-MG, a 1ª Assembleia Geral Ordinária da CBO, onde foram aprovadas as principais regras de Orientação do Brasil, em especial as Regras Gerais e Orientação Pedestre.
Em 2001, no dia 22 de fevereiro, é fundada a Federação Mineira de Orientação – FMO. Neste mesmo ano, em 30 de novembro, foi realizado em Santana do Livramento-RS, o I Campeonato de Orientação 13 de Longa Distância, com um percurso de 30 Km, tendo como vencedor o atleta José Otávio Franco Dornelles, com o tempo de 03 horas, 10 minutos e 54 segundos.
Em 2002 a CDMB organizou, no período de 19 a 25 de abril, em Faxinal do Céu-Pr, o I Campeonato Sul-Americano Militar de Orientação, tendo o Brasil se sagrado campeão desse evento.
Em 2003, por ocasião da 1ª Etapa do X Circuito Paranaense de Orientação, evento ocorrido na cidade de São Francisco do Sul-SC, foi criada a Federação Catarinense de Orientação, no dia 2 de fevereiro.
Em 2004, o Brasil participou pela primeira vez, com uma delegação do Colégio Militar de Brasília – CMB, do Campeonato Mundial Estudantil de Orientação da IOF, ocorrido na Bélgica.
Em 2005, no XXVII CAMORFA, evento realizado em Bonito-MS, pela primeira vez participa oficialmente do evento, como atleta, a Policial Militar feminina Sd PM/DF CARLA Zambeli Junker. Em 18 de novembro desse ano, no Parque da Cidade de Brasília, numa parceria do Ministério da Defesa, Ministério do Esporte e SESC, foi organizada a prova “Orientando-se no Parque”, com a participação de mais de duas mil pessoas de ambos os sexos e de todas as idades.
Em 2006, como forma de fugir da generalidade da palavra “Orientador”, a CBO aprova o uso da expressão “Orientista”, para designar o praticante do esporte Orientação. Em 2 de abril, em Curitiba, acontece a primeira competição de orientação com apuração eletrônica, usando o equipamento específico de apuração de orientação, o EMIT. A prova foi válida pela 1ª Etapa do XIII Circuito Paranaense de Orientação. No período de 23 a 28 de outubro, acontece a primeira prova dos “5 Dias do Brasil”. A referida prova foi organizada pelo Clube de Orientação de Santa Maria – COSM, na cidade de Santa Maria-RS. O Brasil volta a sediar um campeonato mundial militar de orientação do CISM. O evento aconteceu no período de 6 a 12 de novembro, nos municípios de Curitiba, Guarapuava e Pinhão, Estado do Paraná. Paralelamente a esse 39º Campeonato Mundial Militar de Orientação do CISM, acontece em Curitiba-Pr, no período de 30 de outubro e 2 de novembro, o I Colóquio Internacional de Mapeadores de Orientação, numa iniciativa da Universidade Federal do Paraná – UFPR e Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, com o apoio da CDMB e IOF. O referido evento contou com a presença de László Zentai, Ph.D., membro do 14 Conselho da IOF e do Departamento de Cartografia e Geoinformática da Universidade de Eotvos em Budapeste-Hungria. Contou, ainda, com a presença de Flemming Hjorth Jensen, também membro do Conselho da IOF e membro do Comitê de Mapas da Federação Dinamarquesa de Orientação.
Em 2015, no dia 5 de setembro, na cidade de Campinas-SP, acontece uma Assembleia Geral da CBO para eleição de diretoria, tendo sido eleita, por 23 votos a favor e uma abstenção, a Diretoria encabeçada pelo Presidente LUIZ SERGIO MENDES, a qual tomou posse em 10 de outubro, com o mote “Renovação e Conciliação”.
Até 2016, a CBO havia filiado 136 Clubes de Orientação e 14 Federações, contando, ainda, com 5 Gerências de Orientação em Estados onde ainda não existem Federações. O Campeonato Brasileiro de Orientação – CamBOr é uma competição que se consolidou no cenário nacional, tendo sido organizada todos os anos, desde seu início em 1999. Tem acontecido, também todos os anos, o Campeonato Sul-americano de Orientação, evento que deverá, a partir deste ano, criar mais força, por conta do apoio que a IOF vem dispendendo junto ao mesmo, com o objetivo do mesmo se tornar um evento regional.
Em 23 de fevereiro de 2017 foi criado o Superior Tribunal de Justiça Desportiva da Orientação. Este tribunal é previsto na Lei Pelé e é composto de 9 auditores que formam o pleno, uma Comissão Disciplinar com 5 auditores, uma procuradoria-geral com um procurador e uma secretaria. A função do STJD é julgar casos envolvendo problemas em competições de nível regional e nacional, bem como julgar problemas administrativos de âmbito nacional. O primeiro julgamento pela Comissão Disciplinar ocorreu no dia 07 de março de 2017, em Brasília-DF.
Brasília, DF, 17 de março de 2017
Fonte: https://www.cbo.org.br/