23 May
23May

        Quinze professores de Geografia da Prefeitura conheceram, nesta sexta-feira (28/7), no câmpus Neoville da UTFPR, um esporte para ajudá-los na elaboração de aulas mais lúdicas e com melhor aproveitamento pelos estudantes. É a corrida de orientação, esporte de aventura no qual o atleta precisa combinar desempenho físico com agilidade de raciocínio.

     A atividade faz parte dos cursos, treinamentos e outras oportunidades de formação profissional oferecidas pela Secretaria Municipal da Educação aos professores. Localização, solos e vegetação são alguns conteúdos vistos nas três aulas semanais de Geografia ministradas aos estudantes de 6º ao 9º ano por 55 professores da área na Prefeitura.Para encarar o desafio de percorrer parte da pista permanente para a prática do esporte, já que são iniciantes, os professores trocaram as roupas e os jalecos usados em sala de aula por tênis e roupas adequadas. Eles receberam instruções do professor e mapeador Raul Friedmann e, em duplas, se embrenharam no bosque.

      O desafio era encontrar o maior número possível dos 50 marcos espalhados pelos cerca de 250 mil metros quadrados do espaço – no meio da mata, dentro de edificações e até mesmo sob uma ponte – e identificados por símbolos coloridos no mapa.

Plano de aula de campo

        Com 26 dos 29 anos de magistério dedicados à rede municipal de ensino, a professora Terezinha Rocha nunca tinha disputado uma corrida de orientação. Porém, já fazia planos para os cerca de 250 alunos de sete turma da Escola do Caic Cândido Portinari, na CIC, para os quais leciona.“Estou planejando propor uma aula de campo no programa Linhas do Conhecimento no Parque dos Tropeiros ou no do Passaúna e, em um desses locais, fazer uma atividade semelhante à que estamos tendo aqui, com ênfase no reconhecimento do meio ambiente e na preservação ambiental”, contou a educadora, que já dispunha de algumas informações sobre a dinâmica da corrida de orientação.Linhas do Conhecimento é a iniciativa inaugurada pela Prefeitura, em março, para proporcionar o conhecimento dos espaços urbanos pelos estudantes de todas as idades.

     O viés ambiental, destaca Friedmann, é um dos diferenciais da corrida de orientação. “O esporte coloca as pessoas em contato com a natureza para perceber as suas características e a necessidade de conservação ou recuperação. Não têm preço as horas de lazer e aprendizado passadas dessa forma”, resume o professor, que participa do projeto de implantação de uma pista de corrida de orientação – semelhante à da UTFPR – no Parque Tingui.